Max Weber A maior parte da produção teórica de Max Weber foi feita em três períodos. No primeiro foi redigida a primeira versão da Ética Protestante (1904) e o texto “As seitas protestantes e o espirito do capitalismo” (1905). O segundo período, devido a primeira guerra mundial, foi dividido em duas partes. Entre os anos de 1911 e 1913, Weber redigiu a parte dos estudos de sociologia da religião que integram sua obra. Nota-se que foi no primeiro período que sua preocupação estava voltada para a conexão entre protestantismo e capitalismo na Europa. Weber fez algumas analises comparativas entre as religiões ocidentais e orientais, levando uma grande duvida para os autores. Entre os comentadores clássicos que sustentam a tese de que o objetivo básico dos estudos religiosos de Weber é entender a gênese do capitalismo, podemos encontrar comentários de Raymond Aron. Segundo Aron “Por meio destas comparações históricas, que são experimentações intelectuais, Max Weber tem a ambição de pelo menos confirmar a tese de que a representação religiosa da existência e a conduta econômica por ela determinada, foram, no Ocidente, uma das causas do desenvolvimento do regime econômico capitalista, sendo este antecedente, fora do mundo ocidental, um daqueles cuja ausência explica o não desenvolvimento de um tal regime” Pode-se confirmar que a leitura da obra da Ética Protestante mostra que o interesse de Weber estava em explicar a gênese do capitalismo (Primeira problemática) como parte de um processo histórico social de longa duração (Segunda problemática). Assim, a dupla alma da Ética Protestante são a “Origem do capitalismo” e o ”desencantamento do mundo”. A origem do capitalismo como sistema cultural era o centro das preocupações de Weber, porém a “relação causal” que Weber procurou estabelecer entre protestantismo e capitalismo (afinidade efetiva) é complexa e não pode ser pensada de forma unilinear ou determinista. A partir da noção de afinidade efetiva que Weber