Max weber - o tipo ideal
Segundo Weber, as ciências sociais visam compreender eventos culturais, acontecimentos da vida humana com significação cultural, enquanto singularidades.
Ao decidir pelo estudo de um tema, o cientista seleciona o que acredita ser mais relevante. Ele baseia-se em critérios que levam em consideração o significado que o fenômeno possui para ele, para a cultura e para a época, influenciado por seus valores e ideais. A importância de se conhecer algo é subjetiva, uma vez que essa importância não pode ser provada por meios científicos.
Um fenômeno social é único, uma vez que é resultado de várias circunstâncias e/ou variáveis de uma realidade cultural infinita. Não sendo possível a explicação de um fenômeno particular analisando todas as suas relações causais, cabe ao cientista selecionar algumas destas causas, levando-se em consideração as influências e efeitos que delas se pode esperar. É então estabelecida uma relação causal (causa/efeito) entre certos fenômenos na forma de hipóteses, formando assim um esquema lógico-explicativo, cuja objetividade é garantida pelo rigor e obediência aos cânones do pensamento científico. Assim produz o que se chama tipo ideal.
Então, o cientista social definirá em que direção irá conduzir seus estudos e os limites da cadeia causal, ambos orientados por valores, buscando assim a especificidade e os significados do fenômeno estudado. Ele irá comparar seu modelo com a dinâmica da realidade empírica que examina, o que lhe permitirá detectar traços particulares. O que tornará os resultados da pesquisa válidos, são a produção de conhecimentos, as estruturas conceituais de que dispõe na época e as normas de pensamento vigentes.
Segundo Weber, são quatro as etapas para a produção do conhecimento:
1) estabelecer leis e fatores hipotéticos que servirão como meios para seu estudo;
2) analisar e expor ordenadamente o agrupamento individual desses fatores historicamente dados e sua combinação concreta e