Matriz Fenomenológica e Existencialista
Tanto o estruturalismo como a fenomenologia enquanto matriz do pensamento psicológico, se declaram adequadas para a construção de disciplinas compreensivas rigorosamente científicas. Enquanto o estruturalismo concede rigor a termos metodológicos, empenhando formalizar conceitos, hipóteses e procedimentos analíticos, a fenomenologia se preocupa com o rigor epistemológico, promovendo a radicalização do projeto de análise crítica do fundamento e possibilidade do conhecimento.
1.1- A FENOMENOLOGIA E A QUESTÃO EPISTEMOLÓGICA
Segundo Husserl, a busca de um fundamento absoluto e indubitável para o conhecimento norteado pelo projeto cartesiano corresponde á intencionalidade operante em toda prática científica, a ideia de que a ciência traria uma fundamentação concreta obtida através do método e ainda avaliada. Através do exercício da duvida metodológica, Descartes descobre o sujeito pensante como sendo a evidencia que não se pode duvidar.
Porem na opinião de Husserl, Descartes não aprofundou suficiente a sua investigação, retornou muito rápido do ‘’eu penso’’ ao mundo natural.
Husserl, também não reconhece em Kant a realização consequente e completa do projeto de crítica epistemológica, rejeitando a suposição.
A filosofia de Husserl terá como tema apenas o que se constitui como objeto da experiência possível: os fenômenos.
A fenomenologia será a ciência descritiva da consciência intencional e seus respectivos objetos imanentes, tendo como objetivo elucidar as estruturas formais (gerais e específicas) que operam de forma na organização das experiências de acordo com os diferentes modos da consciência e de acordo com as particularidades das regiões do ser (mundo natural, mundo animal, mundo cultural, etc.). Esta ciência deveria desempenhar relação com as ciências humanas.
1.2- O ENCONTRO DA FENOMENOLOGIA COM AS CIÊNCIAS HUMANAS
A psicologia científica nasce no século XIX, calcado no modelo das ciências naturais, para