Maternalês fala dirigida as crianças.
Trabalho apresentado à disciplina de Psicologia do Pensamento e da Linguagem.
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como intencionalidade, registrar e comparar a linguagem identificada como maternalês. Esta que é uma linguagem peculiar desta fase adaptativa, que ocorre entre mãe e bebê no período de 0 a 2 anos, onde as trocas costumam ser muito ricas de significados, e desta riqueza dependerá a maior ou menor interação do bebê com o seu meio, e as memórias que ficarão registradas e efetivamente construirão o seu repertório linguístico.
No desenrolar do trabalho veremos algumas divergências nas pesquisas de alguns autores na abordagem do tema, mas não ao ponto de negação umas das outras.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Conforme Dadalto e Goldfeld (2006) os estudos contestam a importância do maternalês na aquisição e no desenvolvimento da linguagem; porém, numa visão interacionista, parece inegável seu importante papel, tanto para a fala da criança como na relação de afeto que se estabelece entre mãe-filhos. Dessa forma, compreendendo melhor seu papel, torna-se possível pensar em formas eficazes de aconselhamento sobre aquisição de linguagem.
O maternalês constrói um espaço na interação onde são permitidas e valorizadas as trocas afetivas, tão importantes para o desenvolvimento da criança. Nessa relação de afeto, é possível perceber como a mãe facilita e possibilita à criança a continuidade no diálogo, conduzindo e estruturando sua fala. Ou seja, o maternalês apresenta características lingüísticas que provocam as construções da criança e características paralingüísticas que mostram estados emocionais acolhedores para que a criança se sinta envolvida com a fala da mãe (Dadalto e Goldfeld, 2006).
Segundo Lima e Bessa (2007) a infância é a fase da revelação do mundo, da descoberta do funcionamento das coisas, da partilha de desafios, brincadeiras e até de medos com os outros e com o que rodeia as crianças desta idade. É um período impregnado