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Em entrevista publicada esta semana, o atacante Rafael Sóbis declarou apoio a Cristóvão Borges, “uma das maiores surpresas boas” de sua carreira.
A opinião surpreende porque vai de encontro ao pensamento da maioria dos torcedores, que, depois de um entusiasmo inicial, passou a contestar o treinador com veemência, por suas escalações e substituições pra lá de questionáveis.
Este Blog do Flu mesmo já foi um entusiasta de Cristóvão, chegando a publicar um post intitulado “Namorando o Flu”, tamanho era o encantamento com o time e com o seu comandante.
Mas o tempo, a aparente insegurança e o estado passivo de coisas jogaram um balde de água fria na animação com o técnico, que, procurado pela diretoria para renovar seu contrato, considerou inapropriado o momento.
Sua decisão foi ética, moralmente, já que comanda um grupo com muitos jogadores que também estão com o compromisso por vencer.
Assinasse por mais um ou dois anos com o Fluminense, Cristóvão Borges correria o risco de “perder o grupo”, que já anda sem norte faz tempo.
Tempo. Ao pedir para discutir sua situação só depois do Brasileiro, o treinador sabia que correria o risco de ter seu trabalho reavaliado.
“Meu futuro, assim como o de todo mundo no futebol, obedece a uma simples coisa: ganhar. Sem resultado, tem mudança.”
Cristóvão considera que sua permanência nas Laranjeiras passa pela classificação do Fluminense à Libertadores.
A coluna jamais defendeu sua demissão, mas, por mais de uma vez, já escreveu que não renovaria o seu contrato ao fim do ano – conseguindo o Fluminense a vaga ou não.
Nem o dele, nem o da maioria dos jogadores.
Como em 1980, quando tinha um time de jovens liderado por Edinho, o Fluminense precisa iniciar – para ontem – um amplo processo de reformulação em sua equipe profissional, mesclando jovens com atletas mais experientes.
E para este papel não vejo hoje no mercado ninguém melhor do que Cuca, atualmente no Shandong Luneng, da China (foto).