Matarazzo
Francesco Antonio Matarazzo nasceu em 9 de março de 1854, primogênito de nove irmãos. Era filho do médico e comerciante Costabile (falecido em 1873) com Mariangela. O sobrenome familiar, de origem greco-sarracena, significa “rocha forte”, e o jovem Francesco fazia jus a ele: era musculoso e alto. A calvície prematura o fez optar por raspar os cabelos. Desde o século 14, os Matarazzo viviam na pequena Castellabate, a cerca de 200 quilômetros de Nápoles, às margens do Mediterrâneo. Eram uma família tradicional da cidade, mas sem grande patrimônio.
O pulso firme e determinação rendeu a Francesco Matarazzo uma fortuna imensurável, seu “faro” de empresário transformou a história brasileira.
- Entre 1861 e 1870: A unificação da Itália, foi o estopim para a emigração em massa dos italianos. A política do governo central incluía substituir a agricultura familiar pela produção em larga escala. Privados de seu modo de vida tradicional, camponeses partiram para buscar trabalho em países como o Brasil.
- 1881: Francesco Matarazzo chega ao Brasil aos 27 anos, acompanhado de sua companheira Filomena e de dois filhos. Trouxe consigo economias equivalente entre 30 mil e 50 mil dólares, em calores atuais. Logo ao desembarcar no Rio de Janeiro , por um descuido no desembarque, ele viu naufragar duas toneladas de banha de porco que havia trazido da Itália para vender aqui.
- 1883: Nascia na casa de Matarazzo o que pode ser considerada sua primeira fábrica, que consistia de uma prensa de madeira e um tacho de metal, usados para extrair e derreter banha de porco (essencial para a cozinha naquela época).
- 1890: Matarazzo chega a capital Paulista. Quando chegou à capital, Francesco optou, no início, por investir no comércio, impulsionado pela venda de farinha de trigo importada dos Estados Unidos. Em pouco tempo, tornou-se o maior do ramo, mas sem negar as origens: manteve consigo duas fábricas de banha na região de Sorocaba e uma em Porto Alegre.
- 1895: Aos 41