analise da escada do hospital matarazzo

Normalmente já nascemos com as nossas crenças e religiões predestinadas por nossas família. Não digo isso de forma pejorativa, imagine, apenas como uma constatação. Contudo nem sempre seguimos aquilo que nos é imposto. Muitas vezes, somos tidos como ovelhas negras, patinhos feios e rebeldes sem causa. A fé é quase que muitas vezes jogada goela abaixo porque segundo nossos antepassados, a fé é essencial.

Pois bem, infelizmente ela é inúmeras vezes rotulada como nomes de festas religiosas, deuses, uma ida à igreja e leituras do Alcorão. Mas além de tudo, fé é aquilo que nos motiva. As crenças e religiões foram criadas para nos confortar, e não para serem impostas como regras. E foi meio essa discussão comigo mesma que me identifiquei com uma das primeiras obras. O motivo? Eu sou uma ovelha negra; eu fui contra as crenças de meus pais; sou ateia, mas tenho fé. É como um paradoxo, já que sempre que pensamos em religião, associamos a fé. Porem, parece que só vamos de encontro a ela quando precisamos; um ente querido doente, um desastre natural devem bastar para acioná-la.

De volta a obra. E de Per Barclay, artista norueguês. É uma escada que se abre em outras duas. Acima dos degraus há uma espécie de candelabros com esferas. E na bifurcação da escada existe uma estátua. O chão está coberto com óleo preto, que reflete tudo ao seu redor, e mais a frente uma porta.

A escada é como a fé. Só utilizamos quando precisamos. Não é a toa que dificilmente vemos alguém subir e descer um lance de escadas por gosto. Claro, excluo os religiosos fanáticos de minha analise. Esses sim sobem e descem escadas por gosto próprio; ou ate porque alguém os obrigou. Enfim.

As esferas simbolizam o ciclo da vida. O nascer, o viver e o morrer. É redondo, não existem pontas, assim como a vida, ainda que nos ensinem que tudo tem começo meio e fim, as vidas se conectam, criando um círculo, um ciclo.

O óleo no chão remete ao último respiro antes da morte por afogamento. Como