Mata Atlântica
A Mata Atlântica, originalmente, estendia-se por mais de 4000 quilômetros, representando cerca de 8,5% do território nacional. Ocupava uma faixa próxima ao litoral, que se prolongava até o interior em algumas regiões, e se estendia do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Hoje resta somente 7% da área original.
Esse bioma tem por principal característica sua biodiversidade. O número de espéciesendêmicas é alto, especialmente em árvores e bromélias. Existe também uma grande biodiversidade de animais vertebrados e invertebrados. É considerado o bioma de maior biodviersidade do mundo.
O clima e a temperatura variam de acordo com a região. A mata, em geral, é fechada, mas devido à sua grande extensão territorial, apresenta variações, especialmente nas regiões interioranas, que apresentam florestas semidecíduas. Em regiões elevadas, há o predomínio da mata de araucária. A restinga é outro exemplo de vegetação típica associada à Mata Atlântica. É uma área de floresta baixa de arbustos e árvores, que se mistura a brejos e lagoas, separando o mar das regiões de mata mais densa. É muito comum no Estado do Rio de Janeiro.
A exploração sempre marcou a Mata Atlântica, desde o início da colonização. A extração de madeira, especialmente do pau-brasil, os ciclos do açúcar e café e o desmatamento para instalação de indústrias são eventos de nossa história que contribuíram para a degradação desse bioma. A extração do palmito Juçara (Euterpe edulis) para consumo e o tráfico de animais silvestres são exemplos de problemas atuais que devem ser combatidos. Ainda assim, existem vitórias na preservação da Mata Atlântica. As taxas de desmatamento caíram nas últimas duas décadas e a área de florestas protegidas quintuplicou, além do estabelecimento oficial em 1992, pela UNESCO, da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. A sociedade, organizando-se com a ajuda de ONGs, é responsável em promover esforços para preservação desse importante