Massagem Cardiaca
Novo protocolo recomendará técnica sem respiração boca a boca
06 de novembro de 2009 | 0h 00
Notícia
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Karina Toledo - O Estadao de S.Paulo
A massagem cardíaca é três vezes mais eficaz no socorro a vítimas de parada cardíaca quando aplicada sozinha do que se aliada à respiração boca a boca. Esse é o novo consenso entre cardiologistas de todo o mundo, que será formalizado no dia 13, em reunião da Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação (Ilcor, na sigla em inglês), nos Estados Unidos. Veja demonstração do método atual de ressuscitação
Embora no Brasil as novas diretrizes só passem a valer em 2010, alguns cursos de treinamento já estão orientando leigos e profissionais de saúde a priorizar a compressão torácica nesse tipo de situação.
"Estudos americanos mostraram que a respiração boca a boca mais atrapalha do que ajuda nos dez primeiros minutos do atendimento", conta Sérgio Timerman, diretor do Laboratório de Treinamento e Simulação em Emergências Cardiovasculares do Instituto do Coração de São Paulo e representante do País no evento da Ilcor. "O organismo tem uma reserva de oxigênio que dura até dez minutos se a massagem cardíaca for feita adequadamente. O importante é manter o fluxo de sangue para os órgãos. Mas para fazer o boca a boca é preciso parar a massagem", explica.
As pesquisas também mostraram, diz o médico, que muitos deixavam de prestar socorro por temer a respiração boca a boca. "Tanto leigos quanto profissionais de saúde sentiam receio de fazer o boca a boca em desconhecidos."
Depois que foi observada uma taxa de sobrevivência em média três vezes maior nos pacientes submetidos apenas à compressão torácica, a American Heart Association publicou, no fim de 2008, uma declaração internacional defendendo o Hands-Only CPR, ou ressuscitação cardiopulmonar apenas com as mãos.
"O protocolo de atendimento dos bombeiros, paramédicos e demais profissionais de