Marx
Introdução
A Sociedade Civil, historicamente, tem seu desenvolvimento atrelado ao trabalho e aos modos de produção. Desde a escravidão, nos tempos antigos, passando pelo feudalismo na Idade Média e chegando à industria nos tempos mais modernos. Em todos esses casos, sempre houve uma divisão opondo duas classes: a dos explorados, que trabalham na produção das mercadorias, e dos exploradores, que detém os meios de produção que são usados no processo de fabricação das mercadorias e lucram com o trabalho dos primeiros. Na modernidade, essa divisão se dá entre o proletariado e a burguesia (que em Marx difere do conceito que temos hoje de burguês: aqui, ele é o capitalista, quem detém o capital).
O proletariado é formado por todos os operários que vendem sua força de trabalho a x valor. Cada um é uma pequena parte da grande engrenagem do processo industrial: ao invés de confeccionar a mercadoria, apenas aperta um parafuso ou cola algo, num processo padrão e repetitivo. O trabalhador é, então, uma parte da força produtiva do modo de produção.
“Um modo de produção envolve, em primeiro lugar, o que Marx chama de forças produtivas, isto é, os recursos físicos, como matéria prima, ferramentas, máquinas etc., cabendo destaque para a força de trabalho. Esta compreende não apenas o esforço propriamente dito, mas também as habilidades e o conhecimento técnico empregados pelo trabalhador nessa sua atividade.”
As habilidades e conhecimento técnico a que se referem o autor, se dão devido à especialização que a divisão do trabalho proporciona. Ao passar o dia fazendo uma mesma tarefa, o trabalhador, obviamente, se especializa nela. Porém, ao mesmo tempo, ela causa alienação, pois o parafuso que ele apertou foi para confeccionar o que? Depois disso, qual o passo para que o produto fique pronto?
Essa alienação “mortifica seu corpo e arruína sua mente”. Além disso, faz com que o