Marx
Karl Marx escreveu A Miséria da Filosofia em resposta às ideias de Proudhon, expressas na obra Sistemas das Contradições Econômicas ou A Filosofia da Miséria. Embora concordasse com a ideia de Proudhon de que a política econômica aplicada na época levava o trabalhador a uma situação de miséria, Marx discordava dos princípios econômicos do filósofo francês, principalmente nas relações diretas entre trabalho e salário e em outras afirmações sobre política econômica.
Marx considera Proudhon com um outro Dr Quesnay, médico do rei absolutista Luís XV, que fez da economia política uma ciência. Considera Proudhon como o Quesnay da metafísica da economia política. Compara o método de Proudhon com o Quadro Econômico dos Fisiocratas, dizendo que ambos os sistemas de pensamento são desastrosos, inconsistentes. Além de compará-lo à Quesnay, Marx fala que o que Hegel fez em relação ao direito, à religião, entre outros, Proudhon procura fazer em relação à economia política ao tentar demonstrar que a “economia política é a metafísica em ação.”
Aplicando-se o método dialético resulta na lógica e na metafísica da economia política. Apesar do grande esforço do filósofo francês em tentar desvendar o sistema das contradições (dialética), ele não obteve êxito, estacionando nas duas fases iniciais, tese e antítese, faltando a ele a conclusão/ síntese das suas ideias.
Para Proudhon, toda categoria econômica tem dois lados, ou seja, um lado positivo e outro negativo. Da dialética de Hegel, Marx afirma que Proudhon só tem a linguagem. O movimento dialético é a distinção dogmática entre o bom e o mau. Isso é uma das modificações que o filósofo impõe à dialética hegeliana. Marx concorda (apesar de ser um crítico mordaz do filósofo francês) que “a metafísica da economia política tornou-se uma ilusão.”
A divisão do trabalho (ideia concebida inicialmente por Adam Smith, cuja ideia é utilizada pelos demais pensadores sobre a economia política) reduz o