marx
Marx adota a tripartição do processo dialético hegeliano, mas ao contrário do mestre que se atém primeiramente na idéia como geradora da TESE; ele, Marx, propõe que a Tese surge frente ao material e a idéia, esse enfrentamento gera a antítese que conclui a pergunta com uma síntese, produzindo novas condições materiais.
Esse processo dialético também atinge a sociedade, ou seja, a sociedade é produto da condição material de sobrevivência encontrada, e essa condição gera uma disputa entre os grupos criando assim uma tensão - a essa tensão, Marx chama de Luta de Classes. No entanto o indivíduo em sociedade é nada mais do que a personificação da categoria, que na verdade é bem maior do que ele mesmo pode pressupor.
Mas essa influência da Burguesia e Proletário já é amplamente discutida; o que nos desperta o interesse é a filosofia da história que Marx propõe. No 18 Brumário Marx fala: “os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado.” Ou seja não somos movidos pelos nossos próprios interesses, somos produtos de um passado.
E é nesse contexto que encontramos o Brasil hoje, mergulhado numa “Revolução”, protestos por todo o país, em muitas cidades, lutando ora por redução nas passagens, ora por uma revolução geral no país e no modo de vida. Vimos cartazes, caras pintadas, gritos de guerra; nesse momento enxergamos que a filosofia de Marx aplicada à sociedade se enquadra de forma real e verdadeira. Os mesmo gritos do passado são usados, as mesmas lutas. São os “homens conjurando os espíritos do passado” (MARX), buscando assim legitimar o movimento e alcançar a mesma glória e êxito.