Marx em sua obra ‘O Capital’, descreve muito bem como se deu o inicio do capitalimo em seu berço na Inglaterra no final do século XV e durante o século XVI. Nesta época esse país vivenciou em grande escala as mudanças socioeconômicas que desencadearam o tão especulado capitalismo. Um dos principais elementos e principalmente base da mudança socioeconômica no mundo nessa época se deu por meio da expropriação do camponês de sua base fundiária que até então cultivava sua própria terra e era um trabalhador livre. O camponês enquanto estava no campo era dono dos meios de produção e de todo o processo em si, agora, o mesmo passa a entrar em contato com proprietário do dinheiro, ou dos meios de subsistência que está empenhado em retirar esse camponês do seu “habitat”, agora somente com sua força de trabalho, para aumentar sua riqueza. Acaba aparecendo neste momento os dois pólos que dão condições básicas para a produção capitalista. Assim sendo, o camponês passa a ser dissociado da propriedade dos meios que usa para realizar seu trabalho e é convertido a um trabalhador assalariado. O produtor camponês sofre uma expropriação violenta pois ele passa a ser privado de suas terras as quais desenvolviam seu trabalho , são roubados e destituídos de seus direitos antigos da instituição feudal. Podemos até mesmo dizer que eles são jogados de forma que violenta no mercado. Na Inglaterra no final do século XIV, os servos tinham praticamente desaparecido, mas notamos claramente que alguns resquícios do feudalismo continuavam imperando na sociedade, pois mesmo aos assalariados se concedia uma área para lavrar e faziam isso muitas vezes no seu tempo livre. Desse modo o grande proprietário capitalista se desenvolve cada vez mais visto que o trabalhador até então não possui direitos que lhe favoreçam que por sua vez acaba criando um pensamento de que é muito mais vantajoso ganhar um salário pela força de trabalho do que fazer parte diretamente dos meios de produção como um