Marx vida e obra
A vida de Karl Marx após a universidade foi cercada de muita miséria e perdas trágicas, como a morte de alguns de seus filhos devido à falta de condições para minimamente sobreviver, o que influenciaria inclusive na sua própria morte. O que é muito contraditório para alguém que estudou tanto o capitalismo a ponto de sua mãe dizer que “em vez de estuda-lo, deveria ter-se dedicado a ganhá-lo”. Porém essas adversidades nunca desestimularam Marx, que munido de todo conhecimento que conseguiu acumular, escreveu uma das principais obras sociológicas de todos os tempos! Aos 17 anos, Karl Marx desenvolve duas ideias que o seguiriam pelo resto de sua vida. A primeira é de que o homem feliz é aquele que pode trabalhar pela felicidade do maior número de pessoas possível, e a segunda de que existem obstáculos e dificuldades que fazem com que a vida das pessoas se desenvolva, em parte, sem que elas tenham condições para determiná-la. Baseados nestas duas ideias românticas de sua mocidade, Marx estudou o capitalismo a fundo denunciando como os operários eram sacrificados em prol do lucro.
Sob a influência de Hegel (a aura que cercava a Universidade de Berlim), Marx aprende em suas leituras que a contradição é sempre a manifestação de um defeito e que a lógica formal tem seus limites de validade e nem todos os problemas da humanidade estão sob sua jurisdição. Para Hegel a vida é movimento e este traz a contradição, porém ele é transformador e sempre nos da algo de novo. Nos estudos de Marx utilizando o método de Hegel, ele nos mostra que o mundo é cercado de contradições e a principal, aquela que afeta a sociedade de forma mais direta é entre o trabalho e o capital. Colocando o método materialista em prática, Marx defendia que as ideias por si mesmas não podem realizar nada, e que só com a prática poderia haver uma transformação: “Se o homem é formado pelas circunstâncias, o que é preciso é formar as circunstâncias humanamente”. Então para superar a