Obras de karl marx
A noção moderna de dialética remete a Kant, mas é através de Hegel e Marx que a concepção dialética se firma no pensamento social ocidental.
A dialética rompe com a concepção da filosofia tradicional e dominante até então que pressupunha a existência de um mundo povoado de substâncias imutáveis. A dialética hegeliana, pelo contrário, afirma a contradição, o conflito, como a própria substância da realidade, a qual se supera num processo incessante de negação, conservação e síntese (tese, antítese e síntese).
Os fenômenos contêm em si um movimento intrínseco, são prenhes de negação de si. Toda oposição é necessariamente uma relação, entre os termos antagônicos existe uma unidade fundamental, isto é: a definição de qualquer um deles só se torna possível desde seu contrário o qual, ao mesmo tempo, o constitui ontologicamente.
Aplicada aos fenômenos historicamente produzidos, a dialética cuida de apontar as contradições constitutivas da vida social que resultam na negação de uma determinada ordem. Os defensores da perspectiva dialética vêem nas contradições o motor da mudança social e da história. Para estes, um fenômeno social deve ser submetido à crítica de modo que suas potencialidades possam ser reveladas e, assim, atualizadas numa forma mais evoluída.
Dialética idealista (Hegel) Dialética materialista (Marx e Engels)
Hegel, sendo um idealista, considera que são as mudanças do espírito que provocam as da matéria.
Existe primeiramente o espírito que descobre o universo, pois este é a idéia materializada. O espírito e o universo estão em perpétua mudança, mas as mudanças do espírito é que determinam as da matéria.
A importância primeira é dada à matéria: o pensamento e o universo estão em perpétua mudança, mas não são as mudanças das idéias que determinam as das coisas. As idéias modificam-se porque as coisas se modificam. 2
“Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de distintos modos,