Luísa - capítulo 2
Mesmo estando em férias, Luíza voltou a Belo Horizonte, causando estranheza a todos, menos a Fernanda, pois achava que quando fosse enfrentar seus pais, pois abandonaria o curso de odontologia, e Delcídio já teria feito algo para atestar sua seriedade quanto à abertura de sua empresa. Luíza pensava por onde começar, por mais que tivesse surpreendido sua tia, Fernanda, não tinha conhecimentos profundos na área, pois em sua vida só havia namorado e cursado odontologia. Procurando novos conhecimentos, Luíza resolveu conhecer o professor de computação, que haveria de ter criado a matéria de empreendedorismo, qual sua amiga indicou. Chegando a Belo Horizonte, Luíza encaminhou-se a mercearia do lado de sua casa, e olhou as prateleiras com olhos diferentes. Procurou pela goiabada cascão e comprou a granel e embalada. Teve curiosidade em olhar cada detalhe, fabricante, endereço, logomarca, não tendo sucesso na origem da goiabada a granel. Já em casa, Luíza colocou goiabada das duas qualidades para a irmã Tina provar, e como esperado, ela achou os gostos estranhos, diferentes da feita pela tia. Pedindo sigilo, Luíza contou a sua irmã sobre seus planos de abrir uma empresa de goiabadas, a qual realizaria todos tipos de operações, incluindo exportação. Ligou para o professor que sua amiga havia falado, Pedro, e bastou dizer que gostaria de abrir uma empresa para que este marcasse uma reunião para conhecê-la pessoalmente. Sua conversa com o professor Pedro durou mais que duas horas, não obtendo respostas sob nenhuma de suas perguntas sobre a empresa, na verdade voltou com mais perguntas ainda, e sentiu-se até mesmo constrangida sobre partes de sua conversa. Professor Pedro justificara também suas perguntas: “Para o empreendedor, o ser é mais importante do que o saber. A empresa é a materialização dos nossos sonhos.”¹ Após conversas com o professor Pedro, Luísa sentiu-se desafiada a realizar seu grande sonho, que foi cada