Marx: a teoria da alienação
Mészáros no texto “MARX: A Teoria da Alienação” mostra que Marx considera o trabalho não apenas como produtor de mercadorias, mas sim que o trabalho “produz-se a si mesmo e produz o trabalhador como uma mercadoria; e o faz na medida em que produz mercadorias em geral”. 113 Essa observação é de suma importância para o entendimento da posição de Marx na questão da superação da alienação. E, com relação a isso, diz também: “É evidente que o capital pressupõe o trabalho como trabalho assalariado. Mas também é claro que, se o trabalho como trabalho assalariado é tomado como ponto de partida, de modo que a identidade do trabalho em geral com o trabalho assalariado parece ser um truísmo, então o capital e a terra monopolizada também devem aparecer como a forma natural em relação ao trabalho em geral”. 113 Mészáros nos mostra que Marx entendia a política como sendo uma mediação entre o estado presente e o estado futuro da sociedade: Suas categorias, dessa forma, possuem um caráter adequado a essa função mediadora, e as referências ao futuro são portanto uma parte integral de suas categorias, ou seja, a política conservadora encerra, tanto quanto a política radical, as características dessa função mediadora. Só que as suas categorias são menos explícitas e a ênfase positiva recai sobre a definição de sua relação com o presente. O tipo conservador de mediação política procura maximizar o elemento de continuidade em suas tentativas de continuidade em suas tentativas de ligar o presente com o futuro, ao passo que a política dá ênfase à descontinuidade. Marx também considera o trabalho como atividade formadora de riqueza, como podemos observar neste trecho: “O trabalho ainda não é apreendido em sua generalidade e abstração: ainda está ligado a um elemento natural particular como sua matéria, só sendo, portanto, reconhecido num modo particular de existência determinado pela natureza. É, portanto, ainda apenas uma alienação específica,