MARX, KEYNES E AS CRISES COMO PRODUTO CAPITALISTA
As crises são fenômenos econômicas periódicas de abrangência muitas vezes mundial, nascem a partir de pequenos desequilíbrios no movimento cíclico dos mercados, e acabam provocando consequências seriíssimas para a economia como um todo, naturalmente se espalham pelas estruturas micro e macroeconômicas através dos mais variados canais de transmissão, alimentando-se dos efeitos auto-reforçadores que provocam, sendo assim ao longo da história da humanidade tais desequilíbrios de ordem econômicas foram identificados e caracterizados das mais diversas formas. A partir do nascimento e consolidação do capitalismo enquanto sistema econômico preponderante é que essas crises começam a ser entendidas sob uma perspectiva mais completa, contrariando as preposições antes levantadas a partir da teoria marxistas as crises passam a ser entendidas inerentemente como parte do sistema capitalista, mais esta de fato não constitui-se única e absoluta contribuição a respeito das crises econômicas capitalista. A teoria keynesiana, algumas dezenas de anos mais contemporânea que as idéias revolucionárias marxistas, mostra-se ratificando o argumento das crises como produto capitalista, todavia os aspectos que envolvem o processo de formação e superação destas crises são tratadas de forma singular entre ambos, desta forma o presente trabalho objetiva esclarecer o processo de formação e superação das crises enquanto partes do sistema capitalista segundo as idéias de Marx e Keynes. Fez-se uso do método dedutivo a partir do levantamento de dados secundários, tratando-se assim de uma pesquisa puramente bibliográfica. Percebeu-se que para Marx as crises surgem das contradições do próprio sistema, dos baixos salários da extração excessiva de mais-valia e do desemprego representado pelo contingente industrial de reserva, Keynes por sua vez relaciona as crises a queda na eficiência marginal do capital o que dificultaria novas inversões produtivas e