MARQUÊS DE POMBAL
(Sebastião José de Carvalho e Melo, 1.º conde de Oeiras e 1.º marquês de).
Célebre ministro do rei D. José I, o mais notável estadista do seu tempo, não só de
Portugal, como de toda a Europa.
N. em Lisboa a 13 de Maio de 1699, sendo baptizado a 6 de Junho do mesmo ano na freguesia das Mercês, então instalada na capela da mesma invocação existente na rua Formosa, a qual pertencia a sua família; fal. em Pombal a 8 de Maio de
1782. Era filho do capitão de cavalaria e fidalgo da Casa Real, Manuel de Carvalho e Ataíde (V. Portugal, vol. I, pág. 846), e de sua mulher D. Teresa Luísa de
Mendonça e Melo, filha de João de Almeida e Melo, senhor dos morgados dos
Olivais e de Souto do Rei.
Frequentou na Universidade de Coimbra o primeiro ano jurídico, mas dotado dum gênio versátil e dum insaciável desejo de dominar e de não ser dominado, abandonou estudos, resolvendo-se a seguir a carreira das armas, por julgar ser essa a sua vocação, e foi assentar praça de cadete. Vendo, porém, que no serviço militar a obediência era mais exigida que em Coimbra, pediu a demissão, e entregou-se à vida ociosa, dedicando -se contudo ao estudo da história, da política e da legislação. Alguns biógrafos dizem que estas informações não se baseiam em factos irrecusáveis, mas o que não oferece dúvida é que Sebastião de Carvalho, na sua mocidade figurou no grupo dos capotes brancos um daqueles bandos de fidalgos aventureiros que perturbavam com as suas orgias a tranquilidade da capital. Enérgico, decidido, brioso, de figura simpática, era bem-visto pelas damas, e por ele se apaixonou uma sobrinha do conde dos Arcos, D. Teresa de Noronha e
Bourbon, dama da rainha D. Maria Ana de Áustria, filha de D. Bernardo de
Noronha, e de sua mulher, D. Maria Antônia de Almada. Esta senhora nasceu em
1689, casou a 17 de Julho de 1714 com seu primo Antônio de Mendonça Furtado, de quem enviuvou em Fevereiro de 1718, e casou em segundas núpcias, a 16 de
Janeiro de 1723,