marketing
A chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro, em março de 1808 é um marco sob vários aspectos. Foi à senha para a abertura dos portos brasileiro ao comércio exterior. Com dom João, o Brasil nascia como país e como mercado. Em meio a onda de novidades que desembarcaram com os nobres lusitanos, do florescimento do comércio à intensificação da vida em sociedade, eis que surge a publicidade. Os produtos e serviços passaram a existir formalmente no Brasil com o primeiro jornal escrito e impresso no país, a Gazeta do Rio de Janeiro editado pela imprensa Régia a partir de setembro de 1808. A única forma de publicidade que existia no Brasil eram cartazes rudimentares escritos a mão e os pregões dos comerciantes nas ruas. Os anúncios tinham caráter nitidamente explicativo. “É aquilo que em marketing chamamos de demanda primária, ou seja, a etapa em que é necessário criar novos hábitos e ensinar o consumidor a usar produtos que desconhece”, diz Roberto Corrêa, professor da ESPM e organizador do livro a propaganda no Brasil. A publicidade brasileira segue o mesmo princípio de 200 anos atrás, aproveitar as melhores oportunidades de comunicar um produto a um mercado, seja um imóvel quer seja um carro flex.
HISTÓRICO DO MARKETING NO BRASIL
A análise do mercado brasileiro, até a metade do século passado, apresentava uma economia em que predominava o setor primário, o que estabelecia uma classe dominantemente agrícola e elitista. Após a segunda guerra a sociedade de um modo geral foi marcada pela escassez de produtos de todos os gêneros e energia.
A industrialização no Brasil foi um processo turbulento e marcado pela lentidão em conseqüência da falta de fontes de matérias primas. Os setores da industria que obteve maior destaque foram os têxtil, alimentos, bebidas e o da construção civil. Grande parte da população estava concentra em grandes metrópole próximas a faixa litorânea.
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