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DEFINIÇAO DE CULTURA e MARKETING CULTURAL
O termo marketing cultural só existe no Brasil. No idioma inglês – donde emprestamos marketing – o termo não faz sentido e em outros países de língua portuguesa idem. A criatividade brasileira e a imprensa têm responsabilidade nessa história que ganhou maior repercussão em 1986, com a criação da lei federal de número 7505, a chamada Lei Sarney.
Para compreensão do Marketing Cultural, antes é importante a definição de cultura. O conceito de cultura apresenta-se sobre diversos aspectos, conforme a área de estudo em que é concebido. De forma mais ampla, Muylaert (1993) demonstra que cultura está relacionada ao modo de vida de determinada sociedade, compreendendo extensas e complexas características e comportamentos. Seriam características espontâneas de determinado grupo social, que o caracterizam e o diferenciam dos demais.
Machado Neto (2005) demonstra a existência de diversas definições de cultura: a clássica, a antropológico-descritiva e a antropológico-simbólica. Neste contexto, Thompson (1995) apresenta uma concepção estrutural da cultura, relacionadas ao estudo das formas simbólicas, atribuindo a elas cinco aspectos: intencional, convencional, estrutural, referencial e contextual.
O autor entende que tais formas simbólicas de transmissão cultural podem ser comercializadas:
A crescente mercantilização das formas simbólicas e sua incorporação pelas instituições/organizações da comunicação de massa produziu, rotineiramente, valoração econômica daquelas formas dentro da mídia. Em certos campos de produção e troca simbólica, o valor simbólico de um bem pode estar inversamente relacionado com seu valor econômico, no sentido de que, quanto menos ‘comercial’ ele for, tanto mais valor será a ele atribuído. A ópera e o ballet, que dependem fortemente de subsídios, são exemplos deste fenômeno. (THOMPSON, 1995, p. 204).
Estabelecida a definição de cultura, é preciso diferenciar