Citometria
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Revista CH / 2014
Brilho único
Descoberta da origem da cor do capim-dourado pode levar a novos testes de diagnóstico de doenças, como Aids e hepatite.
Por: Sofia Moutinho
Publicado em 26/03/2014 | Atualizado em 26/03/2014
A presença de flavonoides, que absorvem o espectro luminoso do azul, do violeta e do ultravioleta, é responsável pela cor dourada do capim-dourado.
(foto: Flickr/ Lonelyplanetbr)
Em bijuterias ou cestas artesanais, o brasileiro capim-dourado (Syngonanthus nitens), planta típica do Jalapão (Tocantins), atrai a atenção de compradores de todo o mundo encantados com seu brilho semelhante ao do ouro. A coloração que atrai consumidores também desperta o interesse de pesquisadores.
Empenhados em descobrir o que gera a cor dourada da planta, físicos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) conduziram uma série de análises sofisticadas até conseguir uma resposta. A procura não só deu certo como também abriu caminho para novas e inusitadas aplicações do vegetal.
A busca por uma explicação para a cor do capim-dourado abriu caminho para novas e inusitadas aplicações do vegetal
O capim-dourado só apresenta essa coloração quando está seco. Por isso, os pesquisadores analisaram a planta seca com microscopia eletrônica em busca de pistas. O primeiro teste, que procurou pela presença de metais que pudessem conferir a tonalidade dourada, não deu em nada. Então os físicos partiram para uma análise da geometria do vegetal.
“Na natureza existem outros materiais que refletem luz dourada, como asas de borboletas, por exemplo, onde o que gera a cor são estruturas na superfície das asas, pequenas escamas que fazem com que a luz brinque e seja refletida dessa forma fantástica”, explica um dos autores do estudo, o físico Wido Schreiner.