marketing
AUTORA
RENATA FERNANDES GALHANONE renatagalhanone@terra.com.br 1. INTRODUÇÃO
“Le luxe, ce n'est pas le contraire de la pauvreté mais celui de la vulgarité.”
Coco Chanel
Parece paradoxal que, num país com tantos problemas sociais como o Brasil, em que expressiva parcela da população vive em estágio de extrema pobreza, a discussão sobre o mercado dos produtos de luxo comece a chamar tanto a atenção dos estudiosos e do público em geral. Como acontece em todo o mundo, também aqui esse segmento movimenta consideráveis volumes de negócios, atrai profissionais de marketing e suscita o aparecimento de cursos e estudos voltados para o setor. Desconsiderando, no âmbito desse trabalho, as discussões sobre desigualdades econômicas e má distribuição da renda em nosso país, vejamos esse mercado sob a ótica de um segmento da economia com enormes potenciais de crescimento, geração de renda e de trabalho.
Os bens de luxo são produtos e serviços com comportamentos muito particulares no mercado, e sua administração mercadológica frequentemente contradiz as regras do marketing de consumo de massa. È preciso adaptar e muitas vezes reinventar conceitos para prosperar nesse segmento. Após um apanhado das principais características dos produtos premium e de seu mercado, investigaremos o comportamento típico de seus consumidores, suas aspirações e motivações, procurando alinhar os conceitos da teoria do comportamento do consumidor com essas peculiaridades. 2. O QUE É LUXO?
[Do lat. luxu.]
S. m.
1.
Modo de vida caracterizado por grandes despesas supérfluas e pelo gosto da ostentação e do prazer; fausto, ostentação, magnificência
2.
Caráter do que é custoso e suntuoso
3.
Bem ou prazer custoso e supérfluo; superfluidade, luxaria
(Dicionário Aurélio)
Uma das dificuldades iniciais de estudar esse mercado advém da conceituação mesma do que seja Luxo.
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Etimologicamente, "luxo" e "luz" têm a mesma