MARKETING

Danilo Rafael Patrício
Código: 1204478
Polo: Franca
Tecnol. Marketing

No dia-a-dia é usual utilizarmos certas frases para justificar situações das quais queremos nos “livrar” ou nos sair da melhor forma possível.
As mulheres, como bem relata Marcelo Rubens Paiva, sabem como ninguém ”tirar de letra” as saias justas do cotidiano.
Eu, por exemplo, trabalho com vendas, logo estou sempre rodeado de mulheres. Como ocupo cargo de supervisão, vez por outra ouço das minhas subordinadas uma ou outra dessas justificativas para compensar alguns deslizes.
Para exemplificar, vou lhes contar o caso de uma de minhas funcionárias, que chamarei de Maria, para não criar nenhum problema de indiscrição.
Maria sempre foi uma boa funcionária, porém, como todos nós, às vezes acaba chegando atrasada ou entregando planilhas fora do prazo.
Na semana passada tive que chamá-la em minha sala para cobrar a entrega de um relatório de vendas que já estava atrasado havia uma semana.
Ela se apresentou com uma expressão consternada, já quebrando minha rigidez inicial. Comecei então:
— Bom dia, D. Maria, tudo bem?
Ela já percebendo que havia quebrado minha rigidez inicial, cruzou os dedos das mãos e colocou os cotovelos sobre a mesa, criando um clima tenso e respondeu:
— Vou indo, como Deus permite.
Pelo tom da resposta imaginei como abordaria os atrasos frequentes e, principalmente, esse último que a tinha colocado numa posição complicada dentro da empresa. Respirei fundo e continuei:
— Como a senhora sabe, estamos atravessando uma fase conturbada na empresa e o desempenho dos funcionários tem sido avaliado com mais cuidado nos últimos tempos.
— Estamos em tempos difíceis, eu sei – ela interrompeu.
­— Pois então. Com isso os atrasos que antes tolerávamos bem, hoje são vistos como falhas mais graves e deixam aqueles que as cometem em “situação de risco”.
Ela olhou para os joelhos, concordando comigo. Prossegui:
— Então a senhora já imagina que foi chamada aqui pelo atraso na