Marketing social
a) Quadro conceptual do marketing social e do marketing de causas
O conceito de marketing social surge na década de 70 como uma aplicação da teoria do marketing geral, desenvolvido por kolter e Zaltman (1971). Foi inicialmente definido por estes dois autores como: “o design, implementação, e controlo de programas calculados para influenciar a aceitação de ideias sociais envolvendo considerações sobre planeamento de produtos, preço, comunicações e pesquisa de marketing” (Kolter and Zaltman, 1971, p.5)
O marketing social foi desenvolvido para ser uma aplicação dos conceitos e técnicas de marketing para aplicar ideiais e causas com benefício social. A este conceito foram também sendo associados sinónimos tais como “marketing de ideia social” ou “marketing de problemas públicos”. No entanto, o próprio conceito de marketing social, tem vindo a adquirir outros significados consoante diferentes autores e suas abordagens sobre a temática. Por exemplo Lazer e
Kelley (1973) no artigo “Social Marketing: Perspectives and View points” associaram o conceito de marketing social a rasponsabilidade e impactos do marketing social, bem como marketing de ideias sociais. Também Laczniak,
Lusch e Murphy (1979) no artigo “Social Marketing: It’s ethical dimensions” confundiram marketing social com o marketing das organizações não governamentais, incluindo o marketing associado a candidatos políticos e departamentos de policiamento urbano, como exemplos de marketing social.
O marketing social pode ser melhor entendido quando se consegue estabelecer a sua relação com diferentes dimensões que permitem a produção de mudanças sociais – Dimensão legal, tecnológica, económica e abordagem informacional. As raízes do marketing social assentam na abordagem informacional, conhecida como publicidade social. Muitos grupos associados a mudanças de comportamentos sociais, começaram por adoptar o marketing social para vender as suas ideias, pela aparente