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Cenários e Análise Estratégica: questões metodológicas Introdução
Este trabalho trata dos problemas envolvidos na elaboração de cenários e definição de estratégias como etapas do processo de planejamento estratégico. Na primeira parte (“Como fazer cenários?”) abordamos os principais problemas teóricos envolvidos na definição de cenários futuros e recomendamos um conjunto de procedimentos metodológicos para sua elaboração. Na segunda parte (“A construção das estratégias de viabilidade do plano”) abordamos o tema do desenho de estratégias, isto é, tratamos dos problemas da viabilidade das ações planejadas, do relacionamento com outros atores sociais e das questões relativas ao uso do poder no processo de planejamento. O marco teórico geral desta concepção de planejamento foi abordado em outro artigo[1], ele incorpora a elaboração de cenários como ferramenta essencial para construir viabilidade ao planejamento, o centro de sua metodologia é a fusão da dimensão política com a dimensão técnica. Nossa preocupação essencial ao abordar este tema foi problematizar o ambiente de governo e o uso de técnicas de gestão. Apesar dos avanços importantes da administração pública federal nos últimos anos, particularmente com as inovações introduzidas pelo Plano Diretor da Reforma do Estado desde 1998, as técnicas de planejamento e gestão estratégica permanecem muito rudimentares. Neste campo – a administração pública - o domínio por excelência da incerteza e da imprevisibilidade exige constante aprimoramento e revisão crítica das práticas atuais. Este trabalho se propõe a contribuir nesta direção, isto é, para a modernização metodológica do processo de planejamento público, onde cenários e pensamento estratégico são ainda mais imprescindíveis e justificáveis.
Uma breve retrospectiva
O uso de cenários se generaliza a partir da teoria militar e ganha terreno como ferramenta de gestão pública e privada a partir dos estudos da Rand Corporation, do