Há diferenças essenciais nos métodos utilizados pelos três pensadores da sociedade moderna, que se dão em função de como cada um deles entende a relação entre o indivíduo e a sociedade. Durkheim vê a sobreposição do social sobre o indivíduo, sendo esse apenas expressão daquele. Ele se põe, portanto, a estudar os fenômenos sociais e, para isso, cria o fato social. Trata-se de todo fenômeno que se coloque como exterior e independente do indivíduo, coercitivo sobre ele e generalizado na sociedade. Estudando os fatos sociais, Durkheim considera a superioridade dos acontecimentos coletivos sobre os interesses particulares. Marx, também tomando a importância do social, cria o método do materialismo histórico. Segundo ele, o que importa no estudo das sociedades é a base material sobre a qual ela se assenta, ou seja, o modo de produção pelo qual os homens produzem e reproduzem sua própria existência e, assim, se afastam dos outros animais. Veja que, para Marx, não existe o indivíduo senão pertencente a uma determinada classe social e, portanto, o que importa são os interesses coletivos. Weber, por fim, cria o método do tipo ideal. Vendo a sociedade como uma junção de interesses individuais, que prevalecem, Weber extrai da realidade características de um certo tipo humano, para estudá-lo fora do contexto social. Assim, pode-se apreender as particularidades do tipo ideal, levá-lo ao extremo e criar um modelo que, na verdade, não existe na realidade. Um exemplo de tipo ideal de Weber é o espírito do capitalismo, que é colocado como uma ética específica do sistema capitalista, pela qual se busca o sucesso profissional acima de prazeres e status. Tipos ideais também podem ser encontrados na literatura clássica brasileira, principalmente nas obras de Machado de Assis.