Maria Quitéria
1- as mulheres daquela época não tinham nenhum direito civil, elas não podiam escolher seus próprios maridos, para que a mulher se casasse tinha quer ter um bom dote para seus maridos, não votavam, não sentiam prazer com seu companheiro, se a mulher não fosse virgem o marido poderia terminar o casamento por causa disso, não podia mostrar seu corpo. Só para você ter uma noção mostrar os joelhos já era uma coisa muito avançada.
No século XIX, 1808, sem que ocorressem muitas mudanças com a chegada da Família Real, e as inovações culturais feitas por Dom João VI, as quais não provocaram de imediatas alterações sobre a educação feminina, numa dimensão ampla. São criadas algumas “... escolas leigas para as meninas da elite e são contratadas preceptorais de Portugal, da França e, posteriormente, da Alemanha para educá-las em casa.” Para essas moças, pertencentes a grupos sociais privilegiados, os conhecimentos que se procurava transmitir estavam ligados ao ensino da leitura, escrita, doutrina cristã e noções básicas da matemática.
Entretanto, a preocupação maior era o desenvolvimento para as habilidades artísticas nos trabalhos manuais e no envolvimento com a organização da casa e cuidados com o marido, ou seja, a preparação para serem esposa e mãe dedicadas que ouvissem muito, falassem pouco e se, instruíssem o mínimo necessário como ditava um famoso provérbio português: “uma mulher já é bastante instruída quando lê corretamente as suas orações e sabe escrever a receita da goiabeira um perigo para o lar”
Nesta condição nem os documentos da época, inventários e testamentos a mulher poderia assinar, necessitando pedir aos homens que por ela o fizessem.
2-Maria Quitéria, quando muito jovem, não frequentou a escola regular, visto que esta estava restrita aos grandes centros urbanos, logo, ao contrário das jovens de sua época, aprendera a cavalgar, caçar e manusear armas de fogo, revelando assim, desde jovem seu espírito de luta. Seu pai não tinha um