Maria quiteria
Em 1822, sob o ideal de liberdade, o Recôncavo Baiano lutava contra o dominador português que se negava a reconhecer a Independência do Brasil. Nesse clima, surge a figura de Maria Quitéria. A necessidade de efetivos fez com que a Junta Conciliadora de Defesa, sediada em Cachoeira-BA, conclamasse os habitantes da região a se alistarem para combater os portugueses.
Maria Quitéria, uma humilde sertaneja baiana, atendeu ao chamado, motivada pelos ideais de liberdade que envolvia seus conterrâneos. Ante a posição contrária do pai, foge de casa e, com o uniforme de um cunhado, incorpora-se inicialmente ao Corpo de Artilharia e, posteriormente, ao de Caçadores, com nome de Soldado Medeiros. O seu batismo de fogo ocorre em combate na foz do rio Paraguaçu, ocasião em que ficam evidenciados seu heroísmo invulgar e sua real identidade.
PROBLEMA.
À medida que a figura da mulher combatente se torna realidade nas Forças Armadas
Brasileiras, colocamo-nos diante de uma questão de gênero. Tradicionalmente, os significados associados à.
Figura feminina era construída a partir de símbolos, mitos, imagens e representações derivadas de atributos.
E comportamentos associados à maternidade, procriação, proteção, passividade, submissão, sujeição, entre.
Outros, em radical oposição à noção do que seria masculino e, portanto, desejável em um combatente. Estaria
Correta tal associação de significados? Seria o homem mais adequado ao combate por ser mais propenso à
Agressividade e à luta? Seria a mulher incapaz, portanto, de pegar em armas e participar do combate? HIPÓTESE
Depois de conquistar o respeito dos companheiros, Quitéria assumiu sua condição feminina, e livrando-se das roupas de homem, passou a ser conhecida como soldado Medeiros. Ela se destacou pelo entusiasmo e bravura, lutando tão decididamente, que influenciou outras mulheres, formando um destacamento feminino sob seu comando. Depois que