Maria Quitéria e a Ordem do Cruzeiro do Sul
Maria Quitéria de Jesus nasceu em Feira de Santana (BA) no dia 27 de julho de 1792. Foi uma militar do Exército brasileiro e heroína da Guerra da Independência (1822 – 1824). Chamada de "Joana d'Arc brasileira", é a patronesse do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.
Contexto histórico
A Guerra da Independência (1822 – 1824) foi uma batalha civil Luso-Brasileira iniciada pela rebelião anti-lusitana em Salvador para libertar o Brasil do domínio português. As regiões norte e nordeste foram o principal cenário desta guerra, já que por razões estratégicas, as tropas do Exército Português registravam maior concentração nas então províncias Cisplatina, da Bahia, do Maranhão e do Grão-Pará. A maior parte dos oficiais eram de origem portuguesa na época. Desse modo, o governo brasileiro, através do Ministro José Bonifácio, adotou providências para eliminar a resistência portuguesa. Foram compradas armas e navios com financiamento inglês. Houve o recrutamento de tropas nacionais e o contrato de estrangeiros mercenários. Medidas repressivas como o confisco de bens e a expulsão daqueles que não aceitassem a emancipação política do Brasil também foram adotadas.
Entre os voluntários destacaram-se nomes como o de Maria Quitéria, no Batalhão dos Periquitos, assim denominado pelo predomínio da cor verde em suas fardas.
A personagem
Em 1823, meados da Guerra de Independência, a jovem Maria Quitéria pediu autorização do pai, o velho Gonçalo, como era conhecido, para se alistar no Batalhão dos Voluntários do Príncipe. Tendo o pedido negado pelo pai, correu para a casa da irmã, Teresa Maria, que era casada com José Cordeiro de Medeiros e com o auxílio de ambos, cortou os cabelos, vestiu-se como um homem e se alistou com o nome de Medeiros, no Regimento de Artilharia, onde permaneceu até ser descoberta pelo pai, duas semanas mais tarde.
Defendida pelo Major José Antônio da Silva Castro (avô do poeta Castro Alves), comandante do