Incidente em antares
Apesar da ausência nos mapas, Antares se encontra à margem esquerda do Rio Uruguai. Acabou nas manchetes de jornais pelo incidente, ocorrido numa sexta-feira 13 de dezembro de 1963 que a tornou notícia da noite para o dia; fama efêmera e ambígua que não sensibilizou os cartógrafos.
O documento mais antigo, sobre a existência de Antares, se encontra no livro de Gaston Gontran, um naturalista francês que, visitando o local, encontrou com Francisco Vacariano, proprietário das terras. Vacariano herdou as sesmarias do avô que logo se apossou de algumas léguas pertencentes a outros estancieiros vizinhos. No texto, consta que o gado, pertencente a Vacariano, descende dos bois e vacas roubados por seu pai, na Argentina. O guia contou a Gontran tudo isso, pedindo discrição absoluta, porque Vacariano é homem violento e vingativo.
Como hospedeiro, no entanto, foi muito gentil. Gaston por cortesia lhe indicou, no céu, a estrela de Antares. Vacariano achou o nome bonito e apropriado para um povoado, melhor do que "Povinho da Caveira", dado ao lugar em que o francês se encontrava. Pede a Gaston que escreva Antares num pedaço de papel e agradece.
O segundo documento, que se poderia chamar de pré-história de Antares, é uma carta do Padre Juan Bautista Otero, mencionando sua estada na casa do Senhor Francisco Bacariano, pai de uma dezena de filhos naturais com várias índias e que não os batiza, nem os legitima. O sacerdote pergunta a Bacariano se ele não deseja casar-se e este menciona que vai se casar em Alegrete com Angélica. De fato, Francisco Vacariano se casa e com a esposa legítima tem 7