marcos da reforma sanitária
*Sintetizar os principais marcos da reforma sanitária que orientaram a constituição do SUS e os possíveis interesses e disputas em jogo diante do modelo histórico da proteção social em saúde consolidado no Brasil.
Iniciava-se uma trajetória da política de saúde no Brasil de caráter dual, com dois modelos distintos de atenção e de organização institucional: um modelo voltado para a saúde geral da população ( a saúde pública ) e outro remetido aos trabalhadores formalmente reconhecidos pelo Estado ( a medicina previdenciária).
O golpe militar em 1964 e a nova forma de organização do Estado trouxeram também mudanças para o sistema sanitário brasileiro, dentre elas a ênfase na assistência médica, o crescimento progressivo do setor privado e a abrangência de parcelas sociais no sistema previdenciário.
No início da década de 1970, em meio ao “milagre econômico”, o modelo preconizado pelo INPS reforçava-se. Nos primeiros anos da década foram incorporadas novas categorias profissionais aos sistemas – trabalhadores rurais (1971), empregadas domésticas (1972) e autônomos (1973), e a cada nova categoria incluída, aumentava ainda mais a procura por serviços da saúde.
Contudo, sem qualquer avanço nas políticas de desenvolvimento social, fato que agravou ainda mais a condição da saúde da população.
Meados da década de 1970, finalizado o “milagre econômico” e em cenário de crise política, institucional e econômica iminente do governo militar, começam a se definir novas estratégias para a garantia de manutenção do governo, dentre elas a definição do II Plano Nacional de Desenvolvimento.
Através da relação estabelecida entre a política econômica e social, possibilitou um fortalecimento do “movimento sanitário”.
O movimento sanitário buscava reverter a lógica da assistência á saúde no Brasil apresentando proposições para debate:
*A saúde é um direito de todo cidadão;
*As ações de saúde devem estar interligadas em um único sistema, garantindo o