Marcha do 100 mil - 1968
Neste momento pela luta democrática, morre Edson Luís de Lima Souto, no dia 28 de Março de 1968, que era um estudante secundarista e foi assassinado pela Polícia Militar durante um confronto no restaurante Calabouço no centro do Rio de Janeiro. Afirmam historiadores do período que Edson foi o primeiro estudante assassinado pela Ditadura Militar. Sua morte derivou na greve estudantil de âmbito nacional. Este movimento não surgiu no anonimato ou sem um propósito, o fato ocorreu diante de vários antecedentes. Em junho de 1968, o movimento estudantil organizou numerosas manifestações públicas.
Nesse contexto, outro movimento resultou num dia nacionalmente conhecido, a “Sexta-Feira Sangrenta”. Este dia aconteceu após três dias de uma manifestação estudantil, em frente à embaixada norte-americana. O conflito terminou com 28 mortos, centenas de feridos, mil presos e 15 viaturas da polícia incendiadas.
Nesse período a classe operária também estava agitada e organizando outras greves, uma das mais conhecidas foi a de Contagem (MG) e a de Osasco (SP). O que resultou de toda esta movimentação não foi bem vista pela população, a repressão foi tão afetada com todas essas mortes e acontecimentos que permitiu uma manifestação estudantil marcada para o dia 26 de junho, a Passeata dos cem mil, um ato de enorme repercussão que marcou um dos momentos mais turbulentos da Ditadura Militar