Maquiável

Capítulo 2 – “Há vícios que são virtudes”: Maquiavel, teórico do realismo político

Segundo o autor, Maquiavel foi um pensador muito polêmico na ciência política ou filosofia, sendo que para inúmeros pensadores e homens da política os escritos de Maquiavel serviram como guia de reflexão ou de ação.
As lições de Maquiavel foram julgadas “pecaminosas” pela igreja e que tais lições permanecem desafiando o saber político contemporâneo.
O pensador foi marcado por três fases: na infância e juventude teve educação e formação humanística, seguida por vida profissional curta, porém intensa e mais tarde tentou retorno à vida política. Todas as noites o pensador se entregava as leituras de autores como Lívio, Polibio, Tucides e Xenofonte entre outros que se fizeram presentes ao “intenso contato”, em sua obra mais importante: O príncipe.
O Príncipe surge num contexto histórico marcado pelo surgimento do Renascimento que traz em seu bojo a redescoberta dos valores da antiguidade, sobre tudo os Greco-romanos, também traz a valorização da autonomia do homem, substituindo-se o teocentrismo pelo antropocentrismo. Tal fato é fundamental nos escritos de Maquiavel, uma vez que o homem político descrito na obra O Príncipe não teme inovar agindo sem medo de castigos e punições divinas.
O Príncipe é uma obra que busca não só conquistar, mas manter um Estado, buscando eficácia nas ações humanas em detrimento da moral, ética ou qualquer critério clássico de justiça. Maquiavel foi “condenado” pela igreja como sendo ardil, sórdido e da esperteza.
Maquiavel inaugura a era do realismo político, sem interferência dos mandamentos religiosos voltado para os resultados das ações humanas. Que formam ingredientes fundamentais para o entendimento de O Príncipe. Virtu trata das qualidades desejáveis ao homem de estado como sabedoria, justiça, coragem e temperança, sendo posteriormente agregados outros atributos como honradez, magnanimidade a liberdade e a moralidade; e é com base