Maquiavel
Nicolau Maquiavel designa Estado como uma forma política que implica a organização da relação de forças entre o comando e a obediência, fundada na dicotomia que se estabelece entre o desejo de domínio e opressão, por parte da burguesia mercantil, e do desejo de liberdade, por parte do proletariado. O príncipe provém do povo ou dos grandes, segundo a eficiência que demonstrarem, possuindo virtude e capacidade para se manter no poder. As classes sociais são a base em que se pode manifestar a virtude necessária para tornar-se um agente político. E a virtude do príncipe não estaria na justiça em relação aos governados e nem no sentido cristão ou moral, mas sim na força e na astúcia com que governa, agindo ora com humanidade ou bondade, ora com crueldade ou maldade, de acordo com a necessidade da ocasião. Para Maquiavel, um príncipe sábio, deve manipular as relações de dominação para impor interesses, baseando-se sobre o que é seu e não sobre o que é dos outros, ou seja, é importante que o príncipe ame o povo como eles querem, mas não se submeta a vontade deles.
POLÍTICA E ESTADO EM MARX
Segundo Marx, o Estado representa uma classe dominante e precisa submeter-se ao procedimento e aos interesses ditos nesta classe, deixando de ser o espaço exclusivo onde a política é realizada, para também ser praticada no plano da luta de classes. Afinal, para Marx, a política é a atividade que resulta da luta entre classes sociais, e o homem não pode escolher livremente essa classe, elas são as determinadas fases de desenvolvimento da produção, do comércio e do consumo, que correspondem uma determinada sociedade civil que é um determinado tipo de Estado político. As relações entre as classes dominantes e classes dominadas seriam determinadas na sociedade capitalista, que examina pela posse ou não dos meios de produção. Tendo a atividade política em Marx, que levar em contar as relações entre as classes, à lógica do capital e da