maquiavel

1322 palavras 6 páginas
A Genealogia da moral
A genealogia da moral foi escrito em 1887 por Friedrich Wilhelm Nietzsch, um pensador que tem como meta a busca do conhecimento interior, a busca pelo autoconhecimento através do ato de dobrar-se sobre si mesmo, sobre a retomada da criança interior, esperança única de resgate de valores ainda não estabelecidos pela cultura vigente, pois estão ainda no devir. Nietzsche convicto de que o mundo é um conjunto de forças, o autor era um grande provocador, um autor de base, um incompreendido de seu tempo, um escritor maldito aos olhos da Igreja.
O livro busca investigar as origens da moral tendo como pano de fundo o contexto histórico na qual surgiu as modificações que sofreu através dos tempos.
É certo que a leitura inicial de Genealogia da Moral traz certa preguiça ao leitor. No discurso persistente sobre juízos de valor entre bem e mal e ideais ascéticos, o autor acaba por esbarrar naquilo que é mais caro para o sujeito ocidental; “o idealismo cristão”, e isso assombra. Afinal, adentrar em um território tão pouco desbravado faz o leitor, se não concordar, ao menos respeitar tamanha coragem.
Em sua obra, dividida em três dissertações, não existe uma preocupação com o transcendental, com divindades, mas sim, com preceitos morais advindos do próprio homem, pois para ele não existe nada de absolutamente fixo no homem.
Na “primeira dissertação (bom e mau / bom e ruim)”, Nietzsche considera que existam duas classes: a dos senhores (nobres) e a dos escravos, onde a classe senhorial subdivide-se em duas classes rivais: a guerreira e a sacerdotal.
A primeira classe (guerreira) é a dominante, cultua a virtude do corpo, e a segunda (sacerdotal), concebe o espírito. Então, desta rivalidade surgem duas morais: “a moral dos senhores (nobres) e a moral dos escravos”. Para o filósofo, “nobre” seria o indivíduo com uma afirmação positiva em si mesmo (eu som bom, eu sou belo, eu sou forte). Seriam os conquistadores, os

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