Maquiavel
Filósofo político, com uma teoria realista que procurou implantar uma nova ordem, dominada pela liberdade moral e física, de modo a tornar os homens melhores, livrando-os de sua condição natural de fragilidade. Explorou e por assim dizer compreendeu como se dá a conquista do poder, a preservação do mesmo e como não perdê-lo, alianças, negociações e acordos políticos, relações entre Estado e povo, política interna e externa, corrupção, nepotismo e favorecimento. Sua obra, o Príncipe, é considerada a mais famosa obra política de todos os tempos, sendo apesar disso, tida no mais baixo conceito por críticos hipócritas, impiedosos e invejosos, tendo despertado varias polemicas, dentre elas a violenta reação dos católicos à cólera dos que mais lhe seguiram os ensinamentos, em particular Frederico II da Prússia. Durante a república de Florença, Maquiavel foi chamado para dirigir a segunda chancelaria, adquirindo assim grande experiência de governo em relação aos negócios políticos internos e externos. Sua admiração por Cesar Bórgia, político sem escrúpulos que manobrava com habilidade seus inimigos, contribuiu negativamente para fama de Maquiavel, talvez ate mais que suas doutrinas políticas. Em 1512, com o retorno dos Médici, recolheu-se à vida privada retomando os estudos literários e históricos. Compôs um “Speculum principis”: O que vem a ser um principado, quantas são suas espécies, como se adquirem, como se mantém e por que razão se perde. Maquiavel estuda também as peculiaridades do governo de um homem só. Carlos V, Filipe II e Catarina de Médici admiravam esse livro, que em contra partida era criticado por Frederico II e Metternich.
O PRÍNCIPE
PRINCIPADOS HEREDITÁRIOS Os principados ou são hereditários, quando seu chefe é príncipe há longo tempo ligado pelo sangue, ou são novos. Estes domínios, assim adquiridos, sujeitos a