Maquiavel
No contexto da teoria política, com a afirmação da natureza corruptível e má, Nicolau Maquiavel baseou seus conhecimentos em que os seres humanos, por natureza, eram ingratos, volúveis, covardes e ávidos de lucros, considerando negativa a essência do homem.
Dentro da ética e da moral política, poderiam ser aplicadas condições que contradizem aos princípios cristãos, tais como a utilização virtuosa da força (tirania) e o desinteresse coletivo, mas contudo essas atitudes seriam para manter a ordem e o respeito público, que segundo Maquiavel era a principal condição para a manutenção do estado, como também as boas leis e boas armas.
Assim sendo, os governantes poderiam utilizar de meios, legítimos ou não, para garantir a conquista do poder, bem como a sua manutenção no poder.
2) O capítulo XVIII d’ O príncipe rompe com a ética tradicional ao dizer que ao príncipe não é necessário ter todas as virtudes, mas sim, aparentar tê-las. Quais são os motivos que levaram o autor a romper com a ética tradicional no pensamento político? Seria o autor um imoralista? Maquiavel deixa margens para pensar um novo conceito de ética?
Maquiavel rompe com a ética tradicional ao afirmar que a moral cristã não é o único princípio que deve orientar um governante, propondo que o mesmo tenha razão de Estado, afirmando que a ética não é universal e sim particular, e que, para ser um bom governante até mesmo nos princípios cristãos, deveria haver na política o equilíbrio, e com isso utilizar de princípios imorais para determinados fins (Ação Política), nos interesses coletivos.
Segundo Maquiavel, o governante tinha que aprender a não ser sempre bom, podendo até mesmo não cumprir com sua palavra, mas sempre com justificativas, visando a estabilidade do Estado; um governante não deveria abandonar a moral cristã, mas poderia agir de forma não cristã.