maquiavel e o conceito de liberdade
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Interessante notar que o texto sobre Maquiavel tem menos a ver com o autor e sim mais com conflitos ideológicos a respeito do republicanismo, assim as três vertentes assumem caráteres distintos já que partem cada uma de interpretações diferentes a respeito das obras do autor florentino. Mas algumas pessoas podem achar estranho colocar o homem que deu origem ao adjetivo “maquiavélico” que significa frio, cruel e mal como um autor com características republicanas, como resposta “O Príncipe” surge dependendo de como é visto, ou como uma paródia dos despostas da época ou um guia para um soberano se manter no poder, mas não especifica se este é o modo de governo visualizado por Maquiavel, realmente ele produziu uma obra ampla com admiração pela república(Discorsi). Seguimos com as vertentes, a primeira defendida pelos autores Baron e Pecock, o primeiro afirma que o florentino teria as mesmas ideias de seus contemporâneos a respeito da republica, a ideia clássica vinda de Aristóteles, no qual todos os cidadãos deveriam estar aptos e preparados para sacrificar seus próprios interesses em relação ao bem comum, Pecock expande tal pensamento trazendo à tona algo intrínseco no pensamento maquiavélico que é a virtude, que seria agir conforme as circunstâncias. Para Pecock Maquiavel ao seguir Aristóteles, acreditaria que como os antigos filósofos pensavam, que a vida pública não poderia ser separada da vida privada e para evitar que alguém não realizasse suas obrigatoriedades cívicas, seria necessário que a sociedade fosse segmentada e cada um fizesse o que seria melhor ou capaz de realizar em benefício do bem comum (a elite ficaria a cabo de atividades diferentes da do povo). Embora seja interessante tal ideia deste dois últimos autores, surge uma nova vertente que está mais em comunhão com Maquiavel, Skinner atribui não a Aristóteles e os gregos como influenciadores do autor, porem os pensadores romanos tais como Cicero teriam sido a verdadeira base para a república