Maquiavel e Hobbes
Maquiavel nasceu em Florença em 1469 e pode ser considerado um dos mais influentes e o mais avançado dos escritores renascentistas. Como também o fundador da ciência política moderna já que suas obras fundamentaram os princípios doutrinários nos quais o Estado Moderno se baseou.
É preciso analisá-lo consciente de que foi fiel á sua classe e á sua época. Logo, defendia o Estado absolutista como a única forma política que facilitaria o desenvolvimento capitalista, encarnando a vontade da burguesia e, antes de mais nada, favorável à unificação dos Estados Italianos para formar uma nação poderosa e libertar o seu país do domínio externo.
A partir disso é cabível entendermos que, em seu livro O príncipe esse autor se desliga de todos os seus valores morais, éticos e suas tradições para afirma que o Príncipe deve, como função prioritária, manter e defender o Estado. Para isso não importava os meios utilizados pois estes eram admissíveis e justificados se o interesse do Estado fosse alcançado, podendo utilizar-se da maldade, da crueldade, da mentira e simultaneamente dissimular e fazer crer que sua conduta é virtuosa. Deve ser ao mesmo tempo amado e temido, mas se for para escolher, escolha ser temido por que Maquiavel parte do pressuposto que todos os homens são maus e corrompíveis. Só são fieis se estão sendo beneficiados, e a partir o momento que passam a ter necessidades eles são ingratos, falsos, tementes do perigo e ambiciosos de ganho. O Príncipe que se valer da palavra e não ter nenhuma outra garantia estará perdido.
Contudo ele prega o oportunismo desenfreado e o cinismo como arte de governar. Pela sua linguagem o consideramos maquiavélico, porém temos que pensar que o que escreveu não foi para todos os séculos e nem para todos os homens. A generalidade de seus princípios só é valida se forem aplicados em uma realidade semelhante à que ele se baseou, ou seja, enquanto os homens forem maus, quem quiser conservar o estado terá agir