Maquiavel e hobbes

348 palavras 2 páginas
Referências Bibliográficas:

WEFFORT Francisco. Os clássicos da Política. Vol 1. São Paulo: Ática, 2006. (capítulo 2 – Maquiavel) pág. 11-50 WEFFORT Francisco. Os clássicos da Política. Vol 1. São Paulo: Ática, 2006. (capítulo 3 – Hobbes) pág. 51-77.

Resenha crítica sobre os autores Maquiavel e Hobbes:

“O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades (...). O príncipe não deve se desviar do bem, mas sempre deve estar pronto a fazer o mal, se necessário.” –Nicolau Maquiavel, O príncipe. “(...) ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. (...) quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza.” –Thomas Hobbes, Leviatã. Na primeira constatação, podemos destacar que a condução do governo está orientada, segundo Maquiavel, pelas ponderações do governante. Dotado de amplos poderes, este deveria ter o equilíbrio e o senso necessários para que a ordem fosse mantida. Com isso, podemos perceber que este pensador italiano julgava que “o príncipe” deveria simplesmente abandonar o controle dos pressupostos morais para que tivesse condições de imperar. Em contrapartida, Hobbes não acreditava que poderia existir um homem suficientemente capaz de alimentar essa situação de equilíbrio. Por isso, acabou optando por um instrumento de natureza impessoal que regulasse a organização do estado. Nesse caso, ele acreditava que “não há um poder visível capaz de manter os homens em respeito” que somente “o cumprimento de seus pactos” poderia regulamentar a vida dos homens em sociedade. Ao desacreditar na força do poder visível, Hobbes vai contra a perspectiva de Maquiavel, onde temos dada a importância de um príncipe sempre preocupado em regular a

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