Maquiavel - Estado e poder
No final da Idade Média, retomava-se uma visão antropocêntrica do mundo, que considerava o homem como medida de todas as coisas, a retomada do humanismo iria propor na política a liberdade republicana contra o poder teológico-político de papas e imperadores. Isso significaria a retomada do humanismo cívico, o que pressupõe a construção de um diálogo político entre uma burguesia em ascensão sedenta por poder e uma realeza detentora da coroa. A formação do Estado moderno se deu pela semelhança de interesses entre reis e a burguesia, dando início a um momento importante para o desenvolvimento das práticas comerciais e do capitalismo na Europa. Assim, Maquiavel assistia um maior questionamento do poder absoluto dos reis ou de alguma dinastia, como os Médici, enquanto se desenvolvia uma elite burguesa com seus próprios interesses, com o aumento da ideia de liberdade individual. Questionava-se o poder teocêntrico e desejava-se a existência de um príncipe que ao mesmo tempo que fosse detentor das qualidades necessárias, pudesse garantir a estabilidade e defesa de sua cidade contra outras vizinhas. Dessa forma, Maquiavel produziu sua obra abordando a questão da legitimidade e exercício do poder pelo governante, pelo príncipe. A legitimação do poder seria algo fundamental para a questão da conquista e