O estado brasileiro e os ciclos de poder de maquiavel

O Estado brasileiro passa a existir em 22 de abril do ano de 1822 desvinculando-se do Estado de Portugal. Dessa data até o ano de 1847 percebe-se a presença do poder pela força, com os governos de Dom Pedro I e Dom Pedro II (além dos governos regenciais). Em 1847, o Estado brasileiro cria um parlamentarismo “às avessas”, que sugere uma idéia, falsa, de governo plural. Apesar do sistema parlamentarista, o poder moderador (vigente desde a Constituição de 1824) continuava a deixar o poder na mão do Imperador brasileiro (Pedro II). Percebe-se, portanto, um poder que alia a força e a inteligência, de acordo com os ciclos de poder de Maquiavel. No ano de 1889, instaura-se a República brasileira. O governo de Dom Pedro II acaba e inicia-se no país um governo oligárquico, um colegiado que decidia as questões estatais com pouquíssima participação popular. A revolução de 1930 fará um breve retorno ao caos (marco zero) e colocará Getúlio Vargas no poder. Vargas governará até 1945 em um sistema que aliava a força de um regime ditatorial com a sua inteligência política. O Brasil passará então por 19 anos de governo democrático, com o povo, ao menos constitucionalmente, decidindo os rumos do Estado. Todavia, em 1º de abril de 1964, o golpe militar restabeleceu por alguns instantes o caos e logo deu início a uma ditadura militar, um governo antidemocrático e governado por poucos, por um colegiado militar. Esse governo durou até 1985 quando os civis reassumiram o Estado. O caput do art. 1º da Constituição Federal vigente afirma A República Federativa do Brasil (...) constitui-se em Estado Democrático de Direito e o mesmo artigo em seu parágrafo único confirma Todo poder emana do povo. Assim consolida-se o Estado brasileiro democrático e governado pelo povo. Dessa breve análise, conclui-se que o Estado brasileiro segue os movimentos de ciclos de poder propostos por