mapas conceituais
Ítalo Modesto Dutra
1. As implicações significantes
Para Piaget [Piaget & Garcia, 1989], desde os níveis mais elementares de pensamento há implicações entre significações. Para o caso da construção de mapas conceituais, quando estamos escolhendo uma relação entre dois conceitos (expressa por uma frase de ligação) estamos realizando, em última análise, uma implicação significante.
O mapa conceitual da Figura 1 mostra, segundo o modelo piagetiano, uma distinção evolutiva dos níveis de implicação significante.
Figura 1. Os níveis de implicações significantes
Esses níveis resultam do desenvolvimento de estruturas que permitem ao sujeito, a partir de um longo processo de construção de relações lógicas elaborado em função das situações em que se vê confrontado, expandir sua compreensão sobre os objetos do conhecimento. Desta forma, Piaget afirma que há uma
Lógica das Significações que precede a Lógica Formal e que desde a ação da criança até suas operações em pensamento há uma correspondência entre as operações formais e as implicações significantes. O que ocorre é que as operações formais estão suficientemente diferenciadas para permitir a sua combinação em um sistema de conjunto. No caso das implicações significantes, é possível observar as mesmas operações formais em ações realizadas em contextos muito particulares sem, contudo, ser necessariamente generalizáveis ou compatibilizadas a outros contextos.
2. Categorias para a análise de mapas conceituais
Nos parágrafos seguintes estaremos apresentando uma adaptação [Dutra, Fagundes & Cañas, 2004] da teoria das implicações significantes com o objetivo de analisarmos os mapas conceituais, com especial destaque para as frases de ligação. Escolhemos, como exemplos a serem analisados, alguns mapas conceituais (ou partes deles) construídos por professores em formação a distância usando do software
CmapTools1.
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