Mapas conceituais para o ensino de quimica
Criar um ambiente de aprendizagem concreto e emocionante, que desperta o interesse dos alunos não é uma tarefa trivial quando se tem um currículo extenso e uma sala de aula com mais de 50 discentes. Somado a isto, monitorar o progresso da aprendizagem num ambiente como esse pode tornar-se uma tarefa esmagadora, principalmente quando se somam as diversas turmas que os professores têm que liderar, turmas repletas de alunos e alunas com dificuldade de compreensão, hiperativos ou até mesmo dispersos por motivos outros. Assim, entender de que forma o conhecimento está sendo internalizado pode ser algo desafiador e complexo, e não é de estranhar que muitos docentes acabem por considerar a carreira como desmotivante. E neste cenário, é comum encontrar docentes descompromissados, que fazem singelas apresentações e que têm como termômetro de aprendizado alguns poucos alunos de uma enorme turma, deixando todos os outros a mercê de sua própria capacidade autodidata, ou de algum outro colega que repasse um pouco do que entendeu nas horas vagas, o que gera um efeito cascata, com alunos desmotivados, sem interesse por ciência e tecnologia e com poucas perspectivas de futuro acadêmico. Logo, é a partir desse ensejo que surge a questão que irá guiar minha apresentação:
- Como podemos saber se os alunos e alunas estão desenvolvendo uma compreensão coerente e científica de termos químicos importantes? Ou seja, é possível mensurar o entendimento?
Como neste trabalho relato o uso de mapas conceituais, talvez o leitor seja levado a considerar que a resposta é instantânea. Entretanto, sejamos mais cautelosos, pois a estratégia de ensino depende das necessidades do alunado, e o uso de mapas conceituais não é a única estratégia para diagnosticar como os alunos estão aprendendo. Embora não seja unanimidade, pedir aos alunos para construir como os conhecimentos estão organizados na sua “caixola” ainda é o método mais utilizado pelos professores de todo o mundo. Não obstante,