Manutenção produtiva total
Manutenção Produtiva Total (TPM): uma ferramenta para o aumento do índice de eficiência global da empresa
Silvério Fonseca Kmita (UFRGS) silverio@ppgep.ufrgs.br
Resumo O objetivo deste trabalho é prover uma visão geral sobre a Manutenção Produtiva Total, conhecida pela sigla TPM (Total Productive Maintenance). São apresentados alguns conceitos, mostrando a evolução da manutenção e suas ligações com outras ferramentas da Produção Enxuta. Também descreve-se um estudo de caso conduzido no setor de Fundição, em uma empresa da grande Porto Alegre, fabricante de equipamentos para medição de energia elétrica. Mostra-se o desenvolvimento da implementação do trabalho na empresa, o envolvimento dos funcionários, as melhorias das condições de trabalho (ambientais, organização do trabalho e segurança) e o conseqüente reflexo na produção: maior produtividade. Palavras chave: Planejamento, Manutenção, Eficiência.
1. Introdução A história da manutenção mostra que, em pouco mais de 100 anos, ela evoluiu de sua condição inicial de “socorro” para permitir a continuidade da produção, após uma quebra, para uma necessidade de produção, ou seja, uma ferramenta que confere confiabilidade a um processo produtivo (ASSIS, 1997). Em curto espaço de tempo, o Socorro passa a ser uma Manutenção Corretiva, que evolui para uma Manutenção Preventiva, em seguida para uma Manutenção Preditiva, até a criação da TPM (Total Productive Maintenance) ou Manutenção Produtiva Total. Até a década de 1950, a Manutenção era Corretiva ou de Emergência, também conhecida como a Manutenção de Quebra (SLACK, 1999), que apenas corrige o defeito declarado. Neste tipo de manutenção, de baixa confiabilidade, não há tempo para preparação do serviço, o departamento de manutenção é comandado pelos equipamentos, a produtividade é baixa, o tempo médio entre falhas (TMEF) é baixo, a qualidade do serviço é inconstante e, em