manutenção da vida
EUTANÁSIA O termo eutanásia possui origem grega, derivando da expressão grega euthanatos, sendo eu (boa) e thanatos (morte).
De acordo com o dicionário Larousse, o termo eutanásia possui a seguinte definição: “é a ciência de adoçar a morte, atenuando os sofrimentos que a antecedem”.
Seguindo a definição etimológica, eutanásia significa morte boa, morte doce ou tranquila, sendo tal expressão utilizada pela primeira vez por Francis Bacon, no ano de 1623, na sua obra Historia vitae et mortis. Bacon defendia: “a meu ver eles (médicos) deveriam possuir a habilidade necessária a dulcificar com suas mãos os sofrimentos e a agonia da morte.”
Paulo Daher Rodrigues, em sua obra Eutanásia, assevera que: “A eutanásia, no vocábulo científico, significa a morte do paciente que sofre de moléstia incurável e aflitiva, através da aplicação ou interrupção de medicamentos.” (RODRIGUES: 1993, p.51).
Segundo Tereza Rodrigues Vieira, o termo eutanásia implica não somente em oferecer uma morte tranquila, mas em todos os meios utilizados para provocá-la: “A eutanásia, ou a morte doce, ou a morte tranquila, ou a morte misericordiosa, como preferem outros, implica também os meios de provocá-la, dando imediata a todos os que padecem de uma doença incurável e preferem esse tipo de morte a prolongar seu tormento por longos períodos de sofrimento, antes que uma morte dolorosa se aproxime”. (VIEIRA: 2003, p. 86)
Na obra Bioética e Direito, Tereza Rodrigues Vieira cita Platão em A República onde o filósofo determina que a medicina deve “ se ocupar dos cidadãos que são bem constituídos de corpo e de alma (...), deixando morrer aqueles cujo corpo é mal constituído.”
Luiz Jimenez de Asúa, professor espanhol, citado na obra “Eutanásia” de Paulo Daher, define a eutanásia como: “a morte que alguém proporciona a uma pessoa que padece de uma enfermidade incurável ou muito penosa, e a que tende a extinguir a agonia cruel ou prolongada.”