Manual
Uma das tarefas mais comuns executadas pelos profissionais do SESMT é escrever procedimentos. Isso na verdade é quase uma atribuição visto que a legislação determina que cabe ao empregador informar os riscos e emitir ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho e este – nas empresas onde existem profissionais de segurança e saúde do trabalho – vale-se do mesmo para a elaboração dos procedimentos.
Quem atua diretamente na área de prevenção de acidentes sabe da importância dos procedimentos. Na verdade a maior parte da cultura prevencionista brasileira veio destes documentos – escritos ao longo dos anos nos mais diversos locais de trabalho e que pouco a pouco vieram ganhando espaço e alguns deles até mesmo servindo como base para as normas oficiais e técnicas.
Tempos depois com a chegada da “onda da qualidade” o escrever procedimentos tornou-se uma febre que muitas vezes tendenciou ao exagero. Equivocadamente muitas empresas entenderam que escrevendo estariam atendendo as normas ou pelo menos os auditores. Recentemente um dos órgãos responsáveis por uma destas normas alterou substancialmente o sentido da norma e dentre os objetivos – para esta mudança – certamente o coibir o excesso de papel e valorizar a prática – foi levado em conta.
Atualmente, com o despertar para os Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde – temos visto ocorrer a mesma coisa em muitas empresas. Isso sem falarmos na fobia pela obtenção de evidências documentais que ao longo da última década fez com que pilhas e mais pilhas de documentos (procedimentos, instruções, autorizações, etc) fossem sendo desenvolvidos e emitidos pelos SESMT. Entendo, que se por um lado isso contribuiu de alguma forma para formação de conhecimento em nossa área, ao mesmo tempo, tornou-a também um tanto quanto burocrática demais e assim um pouco mais distante da sua real finalidade. Como em tudo na vida – buscar a dose certa parece ser recomendável.
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