manual de instrução
Por consequencia de todas as manifestações que estão sendo realizadas em várias regiões do país, lembrei-me de duas grandes manifestações populares que se realizaram aqui em Catanduva. Uma delas – a revolta de 1919, onde populares atearam fogo na estrada de ferro – retratei a semana passada, mostrando que desde os anos iniciais de nosso município a população já lutava por melhores condições. A outra revolta aqui em Catanduva, que também me recordei, e trato nesta matéria, aconteceu no ano de 1960, por consequencia dos maus serviços prestados pela companhia de energia elétrica, no qual também fez a população se levantar contra tal empresa, transformando o centro da cidade em um verdadeiro campo de batalha. Era o dia 02 de abril de 1960. o movimento “Em quase todos os tempos, tem, o povo, suportado com resignação uma longa história de opressão e martírios. No entanto, às vezes, a alma popular como que num ciclo heróico de resistência e desprendimento, tem-se levantado até os paroxismos da luta. É com coração enlutado, mas contente, que escrevo estas poucas linhas de admiração a esses homens e moços que fizeram sentir, aos poderosos, como sabiam fazer, que o povo é imortal. A morte do jovem de 22 anos de idade, a programação da Rádio Difusora, do dia 03, cheia de músicas graves e tristes encheram de melancolia o domingo ensolarado de 03 de abril. O gesto do prefeito Antonio Stocco, decretando luto (Decreto 625) oficial por 03 dias foi igualmente um belo gesto”. Essas foram palavras registradas em um pequeno caderninho pelo professor Paschoal Roberto Turatto, um dia depois do ocorrido no dia 02 de abril de 1960.
Havia tempos que a população catanduvense já estava descontente com o serviço prestado pela concessionária de energia em nossa cidade, que oscilava muito. Era comum ter interrupções diárias de energia, principalmente entre as 18 e 20 horas, consideradas horas de pico. Como forma de