Manoki
Em 1910 o desbravador Marechal Rondom entra em contato com os Monoki, já em meados de 1940, os manoki também foram vítimas da expansão territorial o que resultou em massacres cometidos por seringueiros, doenças e conflitos com povos vizinhos. Diante de tais dificuldades a maioria dos manokis refugiou-se na Missao Jesuítica Utariti. Em 1968, saíram da Missão e se estabeleceram na atual Terra Indígena Irantxe, cujo território é o cerrado e isso significa reelaborar sua trajetória cultural para sobreviver, pois o território original é na mata. Embora estabelecidos, os manoki ainda estão dispostos a recuperar seu território tradicional do qual foram arrancados. Este trabalho da disciplina “Diversidade Cultural e Antropologia Social” visa apresentar alguns elementos (documentos históricos, artigos, entrevistas, fotos, tabelas) a fim de conhecer um pouco mais do povo Manoki, suas relações, dados estatísticos e história, para que possamos compreender a atual realidade da etnia em estudo.
1) INDÍGENAS NO BRASIL
Anteriormente à constituição de 1988 os indígenas podiam ser considerados como um povo transitório, tendo seu destino fadados por dois rumos : se integrar com a população ou se extinguir. Porém com a nova Constituição, foi reconhecido os direitos indígenas perante às suas terras, respeito as suas culturas (costumes e línguas).Diante dessa conquista, os dados demográficos dos povos eram poucos explorados, mesmo com o surgimento de demógrafos e antropólogos. Apenas em 2000 fontes oficiais como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o Ministério da saúde começam a investir mais esforços para melhorar sua metodologia de coleta de informações dos povos. De acordo com o censo do IBGE dos anos 1991, 2000 e 2010 constataram um crescimento de índigenas (pelo meno 1 autodeclarado) no municípios do Brasil. Em 1991 34,5% dos municípios residia pelo menos um indígena autodeclarado, passando para 63,5% em 2000 e atingindo 80,5% em 2010.